6 de nov. de 2011

Toda mulher guarda um desejo sexual secreto

Todo mundo fantasia o tempo todo - e não só sobre sexo, garantem os especialistas. Que mulher não é capaz de imaginar, em detalhes, a roupa, o cabelo e a maquiagem que vai usar na próxima festa? E, claro, ela pode pensar também no homem que encontrará lá e de que maneira eles vão se aproximar, se beijar, e o que vai rolar na madrugada... "Fantasiar é a capacidade que nós temos de inventar mentalmente coisas ou situações: é o que se chama sonhar acordado", diz o psiquiatra e sexólogo Ronaldo Pamplona, autor do livro Os 11 Sexos - As Múltiplas Faces da Sexualidade Humana (Ed. Kondor).

Na esfera sexual, a necessidade de fantasiar pode ser ainda maior porque a imaginação compensa a impossibilidade de realizar todos os desejos sexuais, seja por alguma limitação cultural, inibição individual, seja por escolha consciente. Por exemplo: uma mulher pode decidir não transar com o chefe porque ele é casado, mas imaginar a transa não tira pedaço. Resumindo: cada um pode fantasiar o que quiser, o que não pode é realizar tudo. Nossos valores morais impõem limites. Ou então é o parceiro que recusa.

O poder erótico das fantasias

Na cama, o conselho é soltar a imaginação, pois, como diz a psicoterapeuta Rosely Gomes, "a fantasia é um tempero para a libido". Mas há quem se trave pelo excesso de autocensura: existem pessoas que não conseguem admitir seus desejos nem para si próprias.

E se der vontade de botar em prática? Ótimo, vá em frente! Mas não sem antes tentar descobrir se aquele seu plano genial tem alguma chance de agradar ao parceiro. Assim evitará incidentes como este: "Cheguei do trabalho, ela estava na cozinha só de avental e salto alto. Comecei a rir da situação, e ela ficou superchateada. Foi broxante para ambos," diz o comerciante Orlando, 38 anos, casado.

Os limites da fantasia
Conversar com o parceiro a respeito de seus desejos é fundamental

Intimidade e cumplicidade valem ouro, pois ajudam o casal a conversar e brincar a respeito das fantasias, na cama ou fora dela. Seja qual for o seu estilo, lembre-se de que a diversidade humana é imensa - nem sempre o outro vai topar o que você quer. Pamplona comenta essas diferenças: “Uma mulher foi a um bordel com o namorado para realizar a fantasia dela: comandar a transa dele com uma prostituta. E gostou. Já outra queria ser lambida na parte interna da coxa, mas o marido, conservador, achava pornográfico”. É um caso semelhante ao do empresário Ernesto, 44 anos, divorciado: "Quando eu era casado, contei para minha mulher que já tinha ido a um peep show. Então ela me convidou para repetirmos a dose juntos e eu não quis. Fui pego de surpresa pela curiosidade dela e não conseguia me imaginar vendo um strip ao seu lado! Nunca mais tocamos no assunto".

Muitos homens, porém, contam as fantasias para as parceiras esperando que elas queiram realizá-las ou, então, que também revelem as suas. E aí elas podem mesmo surpreender pela criatividade. "As fantasias femininas são muito diversificadas", diz Pamplona, "enquanto as dos homens são mais recorrentes. A maioria sonha em fazer sexo com duas mulheres ao mesmo tempo e se excita muito ao vê-las transando." O especialista garante que a imaginação erótica faz bem ao corpo e à alma, para homens e mulheres.

Zona de risco
Observe as situações em que sua imaginação não está ocorrendo de maneira saudável e permanece trancada em preconceitos ou conflitos que atravancam a sexualidade.

>> Fazer sexo com um... pensando em outro
Nesse caso, a fantasia não está a favor de uma vida sexual prazerosa, e sim escamoteando um conflito que precisa ser resolvido.

>> Forçar a barra
Deixar de levar em conta o desejo do outro pode trazer constrangimento (quando seu par não se excita com aquilo). Desrespeitar limites é perigoso: não faça nem se submeta a práticas que envolvem coerção, humilhação ou violência (física ou psíquica) para si ou para o parceiro.



>> Trocar o real pelo imaginário
A idéia é potencializar a vida sexual, e não fugir dela. Substituir a realidade pela fantasia resultará em ansiedade e frustração. O sexo fica na cabeça e a realização nunca acontece. Segundo Pamplona, é comum isso ocorrer com homossexuais ou bissexuais ainda inseguros em assumir seus desejos.

Postado por: PREDADOR
 

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