Segundo o livro escrito por Roberto Sander, de mesmo título deste artigo, durante a Segunda Guerra Mundial o Brasil que tinha no chamado Saliente Nordestino, um ponto estratégico vital no contexto do conflito, se tornara, mesmo se declarando neutro, alvo dos torpedos de Hitler.
Não havia hipótese de os Estados Unidos admitirem o Brasil dominado pela alemanha nazista e se cogitava, caso a diplomacia falhasse a invasão do Nordeste por um grande contigente do exército americano.
Ainda no mesmo livro encontramos a seguinte citação:
No louco sonho de domínio do mundo do Terceiro Rich, o Brasil ocupava um lugar de destaque. "Lá edificaremos uma nova alemanha" chegou a sentenciar Funher em um de seus delírios. Segundo ao autor esta afirmação consta no livro "Hitler m'a dit" (Hitler me disse), do ex-oficial prussiano Hermann Haushning.
Führer em alemão, o "condutor", "guia", "líder" ou "chefe. Deriva do verbo führen “para conduzir”. Embora a palavra permaneça comum no alemão, está tradicionalmente associado a Adolf Hitler, que a usou para se designar líder da Alemanha Nazista.
Segundo o Site da Academia de História Militar Terrestre do Brasil (http://www.ahimtb.org.br/), para defender o território de uma possível invasão de Hitler as forças armadas atuaram da seguinte forma:
O Exército defendeu o território brasileiro e as instalações militares nele existentes com ênfase na Zona de Guerra então criada e, dentro desta, o Saliente Nordestino (RN, PB, PE, AL) e nele o triângulo Natal - Recife - Arquipélago de Fernando de Noronha, além do envio da Força Expedicionário Brasileira - FEB ao TO do Mediterrâneo, integrando o V Exército dos EUA.
A Marinha encarregou-se da defesa dos portos, patrulhamento oceânico e escolta de comboios marítimos, isoladamente, ou integrando a 4ª Esquadra Americana.
A Aeronáutica executou ações de patrulhamento oceânico e proteção de comboios, isoladamente, ou integrando a 4ª Esquadra Americana, além do envio de um grupo de caça (1º Grupo de Caça) que integrou a Força Aérea Aliada do Mediterrânea, e uma Esquadrilha de Ligação de Observação (1ª ELO), que combateu sobre controle operacional da FEB, também na Itália.
A cooperação do Brasil com os aliados inicialmente ficou restrita ao Continente Americano. Cessada a ameaça de uma ação do Eixo de invasão das Américas pelo Saliente Nordestino, resolução da Comissão Mista de Defesa Brasil - EUA de nº 16, de 21 de agosto de 1943, ampliou a ação militar do Brasil, o que se traduziu, na prática, no envio de tropas de terra e ar para o Teatro do Mediterrâneo e ação de nossa Marinha além de águas continentais americanas. Em contrapartida, o Brasil recebeu dos EUA, para o cumprimento de suas missões militares no Atlântico e no Mediterrâneo, o material bélico correspondente, pela lei de Empréstimos e Arrendamentos (lend-lease), saldada em 1954, além de instrução americana correspondente à guerra anti-submarino, proteção de comboios, caça aérea, defesa antiaérea e de costa de Artilharia e emprego de divisões de Infantaria.
Hittler deixou sua marca de sangue na história. Ainda bem que não conseguiu fazer isso no Brasil.